terça-feira, 12 de junho de 2012

Lembranças


"Você se foi mas as lembranças não. Um vazio que ninguém preenche e uma saudade que transborda."

E esse texto da Marla de Queiroz, retrata exatamente tudo que tem acontecido ao longo desses meses. Um nó na garganta, e cansada de fingir, isso mesmo: fingir que não dói, fingir que te esqueci, fingir e fingir....

Ele nem sabe... "Ele não sabe mais nada sobre mim. Não sabe que o aperto no meu peito diminuiu, que meu cabelo cresceu, que os meus olhos estão menos melancólicos, mas que tenho estado quieta, calada, concentrada numa vida prática e sem aquela necessidade toda de ser amada. Ele não sabe quantos livros pude ler em algumas semanas. Não sabe quais são meus novos assuntos nem os filmes favoritos. Ele não sabe que a cada dia eu penso menos nele, mas que conservo alguma curiosidade em saber se o seu coração está mais tranqüilo, se seu cabelo mudou, se o seu olhar continua inquieto. Ele nem imagina quanta coisa pude planejar durante esses dias todos e como me isolei pra tentar organizar todos os meus projetos. Ele não sabe quantos amigos desapareceram desde que me desvencilhei da minha vida social intensa. Que tenho sentido mais sono e ainda assim, dormido pouco. Que tenho escrito mais no meu caderno de sonhos. Que aqui faz tanto frio, ele não sabe por mim. Ele não sabe que eu nunca mais me atentei pra saudade. Que simplesmente deixei de pensar em tudo que me parecia instável. Que aprendi a não sobrecarregar meu coração, este órgão tão nobre. Ele não sabe que eu entendi que se eu resolver a minha dor, ainda assim, poderei criar através da dor alheia sem precisar sofrer junto pra conceber um poema de cura. Hoje foi um dia em que percebi quanta coisa em mim mudou e ele não sabe sobre nada disso. Ele não sabe que tenho estado tão só sem a devastadora sensação de me sentir sozinha. Ele não sabe que desde que não compartilhamos mais nada sobre nós, eu tive que me tornar minha melhor companhia: ele nem imagina que foi ele quem me ensinou esta alegria. "

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Amigos

"...Os amigos são para toda a vida, ainda que não estejam conosco a vida
inteira. [...] Amizade não é dependência, submissão. Não se tem amigos 
para concordar na íntegra, mas para revisar os rascunhos e duvidar da 
letra.É independência, é respeito [...] O que é mais importante: a 
proximidade física ou afetiva?[...]Assim como há os amigos imaginários 
da infância, há os amigos invisíveis da maturidade. Aqueles que não 
estão perto podem estar dentro. [...] Amigo é o que fica depois da 
ressaca. É glicose no sangue.A serenidade."
"Fabrício Carpinejar
Ah como você me dói de vez em quando !





Simples Assim


'Ando no escuro para tocar onde não devo. Amor é tocar onde não se deve. E curar sem entender a doença.'

quarta-feira, 29 de junho de 2011


"Eu não amei aquele cara. Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada.
Não era amor,era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. NÃO ERA AMOR, ERA MELHOR”

Atalhos


Quanto tempo a gente perde na vida? Se somarmos todos os minutos jogados fora, perdemos anos inteiros. Depois de nascer, a gente demora pra falar, demora pra caminhar, aí mais tarde demora pra entender certas coisas, demora pra dar o braço a torcer. Viramos adolescentes teimosos e dramáticos. Levamos um século para aceitar o fim de uma relação, e outro século para abrir a guarda para um novo amor, e já adultos demoramos para dizer a alguém o que sentimos, demoramos para perdoar um amigo, demoramos para tomar uma decisão. Até que um dia a gente faz aniversário. 37 anos. Ou 41. Talvez 48. Uma idade qualquer que esteja no meio do trajeto. E a gente descobre que o tempo não pode continuar sendo desperdiçado.
Fazendo uma analogia com o futebol, é como se a gente estivesse com o jogo empatado no segundo tempo e ainda se desse ao luxo de atrasar a bola pro goleiro ou fazer tabelas desnecessárias. Que esbanjamento. Não falta muito pro jogo acabar. É preciso encontrar logo o caminho do gol.Sem muita frescura, sem muito desgaste, sem muito discurso. Tudo o que a gente quer, depois de uma certa idade, é ir direto ao assunto. Excetuando-se no sexo, onde a rapidez não é louvada, pra todo o resto é melhor atalhar. E isso a gente só alcança com alguma vivência e maturidade.


Pessoas experientes já não cozinham em fogo brando, não esperam sentados, não ficam dando voltas e voltas, não necessitam percorrer todos os estágios. Queimam etapas. Não desperdiçam mais nada.


-Uma pessoa é sempre bruta com você? Não é obrigatório conviver com ela.


-O cara está enrolando muito? Beije-o primeiro.


-A resposta do emprego ainda não veio? Procure outro enquanto espera.


Paciência só para o que importa de verdade. Paciência para ver a tarde cair. Paciência para sorver um cálice de vinho. Paciência para a música e para os livros. Paciência para escutar um amigo. Paciência para aquilo que vale nossa dedicação. Pra enrolação, atalho.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

"As vezes o meu silêncio é um grito. Às vezes eu quero dizer tudo nele. Às vezes eu demonstro muito mais o que eu to sentindo no silêncio, do que em horas de discurso. Mas eu só queria que você entendesse o que eu tanto quero dizer no meu silêncio. "